Com uma extensão total de 72 mil hectares, para conhecer o Gerês a fundo seriam necessárias semanas. Por isso, o All About Portugal fez uma seleção dos 12 pontos a não perder numa road trip de dois dias inesquecíveis por uma das mais belas regiões de Portugal. O Parque Nacional da Peneda-Gerês abrange as serras do Gerês, Peneda, Amarela e Soajo, mas é conhecido sobretudo por Gerês. A palavra basta, aliás, para quem já conhece associar imediatamente a magníficas paisagens, cascatas de cortar a respiração, aldeias perdidas no tempo, calçadas milenares e, claro, à vila termal. Aventure-se num dos seus trilhos assinalados e dê um mergulho nas suas lagoas, mas atenção: leve calçado adequado para descer as cascatas, pois estas podem ser algo radicais. Para retemperar forças não faltam especialidades regionais, como cabrito, javali ou veado.

Mata da Albergaria e Geira Romana

Mata da Albergaria e Geira Romana

Começamos esta nossa road trip na magnífica Mata da Albergaria, um dos mais belos e importantes bosques do Gerês, com uma fauna e flora impressionantes. Se tiver sorte, pode cruzar-se com um grupo de cavalos garranos. Aqui podemos encontrar importantes vestígios romanos, como é o caso da Geira Romana. Recomendamos uma caminhada por esta calçada romana que ligava, noutros tempos já distantes, Braga a Astorga, em Espanha.

São Bento da Porta Aberta

São Bento da Porta Aberta

Seguimos para o Santuário de São Bento da Porta Aberta, o segundo maior de Portugal a seguir ao de Fátima, que recebe mais de 2,5 milhões de peregrinos por ano. A primeira ermida foi construída em 1640 e foi esta que, por ter sempre as “portas abertas” e dar abrigo a quem por ali passasse, deu nome ao local. Antes de passar ao próximo ponto, aproveite as magníficas vistas do seu miradouro sobre o Rio Caldo.

Cascata do Tahiti – Fecha de Barjas

Cascata do Tahiti – Fecha de Barjas

Para chegar à Cascata Fecha de Barjas, mais conhecida como Cascata do Tahiti, deve seguir pela estrada que liga Fafião a Ermida, estacionar junto à ponte – onde está a placa de sinalização – e descer pelo lado direito com o máximo cuidado. Uma descida radical, mas que lhe irá revelar, chegando ao final do “arco-íris”, uma das maiores e mais belas lagoas do Gerês. Aproveite as cristalinas águas do Rio Arado e retempere energias para a subida. 

 

Cascata do Arado

Cascata do Arado

Já a Cascata do Rio Arado tem excelentes condições e acesso automóvel. Estacione perto da ponte e suba por uma escadaria que conduz a um miradouro, onde poderá contemplar a beleza dos seus 900 metros, com uma sucessão de pequenas cascatas que criam um lago de água cristalina. Regressando à estrada tem acesso mais fácil à base da cascata, caso não resista a outro mergulho.

Miradouro da Pedra Bela

Miradouro da Pedra Bela

Bem perto da Cascata do Arado, encontra-se o Miradouro da Pedra Bela, o mais conhecido e mais visitado miradouro do Gerês. Envolvido por uma magnífica mata, que ajuda a criar o misticismo do local, o miradouro oferece vistas de cortar a respiração sobre toda a serra, com destaque para a Albufeira e a Barragem da Caniçada. Um ótimo local para ver o pôr do sol.

Cascata da Portela do Homem

Cascata da Portela do Homem

Voltamos agora às cascatas, desta vez à Cascata do Rio Homem, mais conhecida como Cascata da Portela do Homem. O acesso é muito fácil, uma vez que se localiza na estrada que dá acesso à fronteira; no entanto, não pode estacionar neste local, devendo deixar o automóvel no parque junto à fronteira. A envolvente natural e as suas águas cristalinas são um convite irrecusável para um mergulho, a melhor maneira de terminar este primeiro dia.

Albufeira de Vilarinho das Furnas

Albufeira de Vilarinho das Furnas

Começamos o segundo dia na Albufeira de Vilarinho das Furnas, onde a paisagem é, por si só, razão suficiente para uma visita, apesar de também permitir algumas atividades desportivas. Não obstante, se tiver a sorte de a visitar numa altura em que esteja mais seca, como no final do verão, poderá ainda vislumbrar as ruínas da aldeia de Vilarinho das Furnas, submersa desde 1972, aquando da construção da barragem.

Termas do Gerês

Termas do Gerês

Seguimos para a Vila do Gerês, para um relaxante momento nas suas termas, que englobam também um hotel e um spa. No Spa tem muito por onde escolher, desde programas de reeducação dietética a relaxamento físico e psicológico. Não deixe de conhecer o parque das termas, onde poderá dar um passeio de barco a remos no seu pequeno lago.

Ponte de Misarela

Ponte de Misarela

A ponte medieval de Misarela, conhecida popularmente como Ponte do Diabo ou Ponte do Inferno, ergue-se imponente sobre o Rio Rabagão. Localizada numa zona isolada, num desfiladeiro rodeado por penedos e vegetação densa, onde sobressai uma magnífica cascata, tem uma aura de misticismo que explica a lenda que está subjacente ao nome: acredita-se ser obra do Diabo.

Aldeia de Pitões das Júnias

Aldeia de Pitões das Júnias

Ao chegar à aldeia serrana de Pitões das Júnias, localizada a mais de 1000 metros de altitude, o sentimento é de ter voltado atrás no tempo. Dê um passeio por esta encantadora aldeia com casas em granito e ruelas estreitas, rodeada por lameiros. Se tiver tempo, não deixe também de visitar, a cerca de dois quilómetros da aldeia, o Mosteiro de Santa Maria das Júnias e a Cascata.

Porta do Mezio

Porta do Mezio

A Porta do Mezio é uma das cinco portas de entrada para o Gerês, mas é muito mais do que isso. Aqui poderá encontrar espaços desportivos e lúdicos para miúdos e graúdos, desde o Parque Aventura ao Observatório Avifauna, passando pela Aldeia dos Pequenitos. Sendo o Gerês considerado pela UNESCO Reserva Mundial da Biosfera, este é também um espaço de consciencialização, sob o tema “Conservação da Natureza e da Biodiversidade”.

Aldeia de Sistelo

Aldeia de Sistelo

Regressamos à estrada rumo ao último ponto do nosso roteiro, a Aldeia de Sistelo, também conhecida como o pequeno Tibete português. Caracterizada pelos socalcos, esta castiça aldeia é uma das 7 Maravilhas de Portugal, na categoria aldeias. Sofreu obras de recuperação nas suas casas de granito, espigueiros e lavadouros, mantendo-se sempre em perfeita comunhão com a natureza.