A Quinta da Fidalga distingue-se pelo seu Lago de Maré, constituindo um monumento singular na arquitetura hidráulica portuguesa. A sua origem remonta ao século XV, sempre associada a funções agrícolas e de lazer. Consta que Paulo da Gama, irmão de Vasco da Gama, se teria fixado nas terras do Seixal para assistir à construção de caravelas destinadas à descoberta do caminho marítimo para a Índia. Destaque ainda, para o bonito jardim que se encontra no exterior da casa. O espaço integra também a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, projeto arquitetónico da autoria de Álvaro Siza Vieira.

Pode observar-se, apenas, a zona inferior da fornalha de dois fornos de planta piriforme, com um pequeno corredor de acesso e três arcadas de suporte da grelha (entretanto abatida). Foram encontrados materiais rejeitados durante o processo de fabrico em duas fossas situadas a sul dos fornos.

Edificação seiscentista que sofreu posteriores alterações. Destaca-se a azulejaria que reveste as escadas e as salas. Por todo o edifício podemos encontrar também pinturas setecentistas no teto e elementos arquitetónicos de várias épocas, restos de estatuetas de conventos, mosteiros e igrejas que foram abandonados após a extinção das Ordens Religiosas em 1834. No jardim, está um dragoeiro centenário, notável exemplar de Dracaena graco. Para se visitar a Quinta da Trindade, é necessário efetuar marcação junto do Serviço Educativo do Ecomuseu Municipal do Seixal.

Também conhecida como Igreja Matriz da Arrentela, foi construída no século XV, mas a sua reconstrução, após o terramoto de 1755, conferiu-lhe um estilo predominantemente barroco. O seu interior, de uma só nave, é revestido por uma série de painéis de azulejos do séc. XVIII, representando cenas da vida da Virgem. No exterior, o miradouro proporciona uma vista fascinante sobre a baía do Seixal.