A Câmara Municipal de Santarém ocupa atualmente este belo palácio, notável exemplar da arquitetura civil solarenga do XVII. O imóvel foi adquirido em 1954 a herdeiros do capitalista Eugénio de Carvalho e Silva, que lhe dá o nome. Edifício de linhas clássicas apresenta uma fachada elegante e sóbria, com janelas de sacada e características molduras setecentistas. No interior, realce para o “Salão Nobre” e para a “Sala das Virtudes dos Vereadores” com painéis de azulejo do século XVIII.

Localizado perto do Tribunal da cidade, é uma construção de 1930 que sobressai pelo interessante e extenso conjunto de painéis de azulejos. Ao todo, são 55 os painéis figurativos a que se juntam oito decorativos, feitos na antiga Fábrica de Sacavém, e que apresentam motivos de propaganda turística e regional. O edifício, que tem uma distinta linguagem arquitetónica, foi construído no local onde durante séculos se realizou o antigo mercado ao ar livre, naquela que era conhecida como Praça Velha.

Também conhecido por Chafariz das Figueiras ou Fonte Mourisca, é um interessante exemplar da arquitetura civil gótica, ilustrativo das obras públicas dos séculos XIII e XIV. Este monumento nacional tem uma estrutura em alpendre que está assente sobre três arcos e caracteriza-se pela decoração do seu coroamento em ameias pontiagudas. A abóbada apresenta escudos com as armas reais, que parecem ser de D. Dinis, e do concelho, estas de grande perfeição com decoração floral entrelaçada.

Monumento nacional de origem gótica, foi reconstruído em 1600 em estilo maneirista após um incêndio que destruiu a estrutura inicial. No seu interior, o túmulo manuelino de João Afonso, fundador do antigo hospital da cidade, e o túmulo gótico de Fernão Rodrigues Redondo têm também a classificação de monumento nacional. De realçar, ainda, a existência de duas telas de Bento Coelho da Silveira. O templo, que tem agregada a Capela de S. Pedro, tem um órgão de tubos do século XIX.

É, na realidade, a Torre Relógio de Santarém e foi erguida no século XV sobre uma torre do recinto muralhado da antiga vila medieval. É um dos edifícios mais conhecidos da cidade e a designação popular de Torre das Cabaças provem das cabaças de barro que servem para amplificar o som do imponente sino de bronze de 1604. Do alto dos seus 26 metros é possível avistar a malha urbanística da cidade e os campos ao seu redor. Atualmente, acolhe o Núcleo Museológico do Tempo.

Quem se desloca do concelho vizinho de Almeirim para Santarém pela Ponte de Dom Luís, que atravessa o rio Tejo, encontra as muralhas da capital do Ribatejo à sua frente. Contudo, das imponentes e velhas fortificações de Santarém já pouco resta, sendo que no Jardim das Portas do Sol, que está assente sobre muralhas, ainda é possível encontrar três torreões. Diversos lanços de muros e um troço da Porta de Santiago são outros vestígios daquele que foi um importante castelo medieval.

A 25 quilómetros da sede de concelho encontra-se este monumento de provável origem árabe. Reconstruído depois do terramoto de 1531 tem uma interessante escultura por cima da porta principal, onde são percetíveis três castelos e uma águia. Após ter assumido grande importância de defesa foi perdendo utilidade com o passar dos anos e só entre 1941 e 1954 é que sofreu obras de remodelação que lhe conferiram o aspeto que tem hoje em dia, com duas torres. Serviu de prisão durante a Idade Média.

Monumento nacional que se destaca pela grandiosidade e beleza arquitetónica. Dedicado a Nossa Senhora da Conceição, terá sido construído entre 1672 e 1711 pela Companhia de Jesus, passando posteriormente para o Seminário Patriarcal. Apresenta fachada e estrutura maneirista e interior barroco, saltando à vista os embutidos em pedra polícroma, a talha dourada e as pinturas dos tetos da nave e da capela-mor. Tem um órgão de tubos do século XIX e acolhe o Museu Diocesano.

Construído no século XIII, foi alvo de várias modificações ao longo dos anos, possuindo na sua estrutura marcas de diversos estilos como o gótico, barroco, manuelino ou renascentista. No interior podem observar-se elementos decorativos de qualidade como o arco renascentista da Capela de Santa Ana ou a traça maneirista da Capela das Almas. Na nave central, sobressai o coro alto, onde se encontra o túmulo do rei D. Fernando.

Construção dos séculos XIV e XV, é um dos exemplares mais marcante do gótico mendicante em Santarém. A fachada é digna de ser apreciada com realce para a rosácea e o portal flamejantes, enquanto que o interior tem três naves com arcos ogivais e duas alas de colunas com capitéis ornamentados com motivos vegetalistas e antropomórficos. Este monumento nacional foi outrora um convento de frades de Santo Agostinho e alberga túmulos importantes como o de Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil.