Prato típico da gastronomia da Lisboa boémia e popular, mais concretamente do bairro da Mouraria, a desfeita de bacalhau foi em tempos conhecida como a comida dos pobres. No entanto, a receita modernizou-se e hoje serve-se frio ou quente. O nome deriva do facto de os clientes inicialmente pedirem meia dose deste prato.
Prato típico da cidade de Lisboa tem como especial ingrediente o vinagre, que empresta aos ingredientes um sabor muito característico. As tiras finas de fígado são habitualmente conhecidas por Iscas, enquanto as batatas que as acompanham foram batizadas de "Elas".
O bife nasceu entre a esquina da Rua de Santa Justa e a dos Sapateiros, num dos cafés fundados por António Marrare, cidadão napolitano que chegou a Lisboa no final do século XVIII. É um bife pojadouro, temperado com sal e frito em manteiga, com o molho de carne engrossado com natas. Há também uma variação da receita original, o "Bife à Café", em que o molho é feito não com natas mas com leite, com molho de mostarda e limão.
Nascido em 1829, nas províncias vascongadas, Bulhão Pato foi escritor, poeta e político. Muito conhecido pelas receitas que criou, entre os quais os afamados pratos de conquilhas, lebre, perdiz e cherne, acabou eternamente ligado a uma homenagem de um outro cozinheiro, João da Mata, com as "amêijoas à Bulhão Pato".
Organizado pelo Centro Nacional de Cultura, este passeio leva-o a conhecer o Barroco português, caracterizado tanto pela sobriedade do espaço arquitetónico como pela exuberância da sua decoração. A talha dourada e policromada, a azulejaria, a pintura decorativa, o estuque, o mobiliário e, de um modo geral, as artes plásticas e decorativas, combinam-se para criar o fausto do Barroco. Exemplares notáveis da arte portuguesa (da arquitetura religiosa e civil) constituem as referências deste itinerário, através do qual se poderá integrar no espírito de uma época que marcou os séculos XVII e XVIII.