Castelo de arquitetura românica e gótica, com torres quadrangulares. A torre de menagem está sobre a encosta mais alcantilada. Das portas medievais, somente se conserva a da Misericórdia, sobre o rio Guadiana. A antiga alcáçova, assim como troços importantes da muralha que envolvia a população, ainda se mantêm conservados. Trabalhos arqueológicos realizados na alcáçova do castelo puseram a descoberto um bairro mouro dos séculos XII/XIII, e várias estruturas romanas do século IV. As peças cerâmicas árabes encontradas estão expostas no núcleo do museu de Mértola.

A Casa Romana foi o primeiro núcleo museológico do Museu de Mértola a ser inaugurado em 1989. Situa-se na cave do edifício dos Paços do Concelho. Durante obras de reabilitação surgiram importantes vestígios arqueológicos correspondentes às fundações de uma casa romana (hoje é o núcleo-sede). Além das paredes do antigo edifício, onde se destaca parte do impluvium da casa, são expostos elementos arquitetónicos da época, epigrafia funerária, cerâmica e metais. Cada núcleo tem uma exposição permanente relacionada com a sua temática.

Na vertente norte da encosta do Castelo, o possível fórum da cidade romana cria uma plataforma artificial, suporte do imponente conjunto monumental da cidade de Myrtilis. Toda esta plataforma, encostada à muralha, assentava numa sólida galeria subterrânea com cerca de 30 metros de comprimento e 6 de altura. Na Antiguidade Tardia, séculos V e VI, foram aqui erguidas luxuosas construções religiosas; entre elas, um possível Palácio Episcopal e um batistério, dos quais restam significativos fragmentos de um belo conjunto de mosaicos policromos. Em época islâmica, no decurso dos séculos XII e XIII, toda esta zona é ocupada por um bairro …

Numa área de forte inclinação abaixo do castelo, está localizada a antiga mesquita, adaptada a igreja cristã no século XIII, com fachada manuelina-mudéjar onde se destacam as ameias e coruchéus. É a única que ainda conserva a volumetria e alguns elementos decorativos do templo árabe que a antecedeu, designadamente, a disposição da planta em "T", a presença do "mihrab" e do compartimento do "nimbar" na parede da "quibla" (muro da mesquita), voltada para Meca, a existência de cinco naves da antiga mesquita, a estatuária, portas e restos do mirabe.

Criado em 1995, o Parque Natural do Guadiana, que engloba os concelhos de Mértola e Serpa, apresenta uma flora, uma fauna, uma morfologia e, sobretudo, aspetos paisagísticos de grande beleza e interesse. O troço médio do vale do Guadiana, entre Pulo do Lobo e a foz da ribeira do Vascão, com os vales encaixados e os diversos afluentes, apresenta uma beleza acima da média. São de destacar a presença do javali, do sisão, da abetarda, da lontra, da cegonha-negra, do grifo, dos zambujeiros e das aroeiras.

Abrangida pelos concelhos de Mértola e Serpa esta queda de água é de rara beleza. Apresenta cerca de 14 metros de altura, num local de rico património geológico, onde o rio passa com enorme fragor entre dois penhascos. Um estreito de pedra estrangula de tal forma o rio, que o faz saltar, formando uma cascata. A paisagem imponente confere uma beleza ímpar a este local repleto de lendas e estórias. Em alturas de cheias, o desnível fica reduzido permitindo que várias espécies subam a montante para desovar.

O antigo templo da Misericórdia de Mértola alberga o primeiro museu de arte sacra municipal. Este espaço, denominado Porta da Ribeira, dá a conhecer um inédito conjunto de imagens e alfaias litúrgicas de ermidas e capelas de culto popular. Aqui encontram-se reconstituídos os diferentes matizes do relacionamento da humanidade com os diversos referenciais do sagrado, com a exposição de arte sacra dos séculos XIV-XVIII, alfaias litúrgicas, incluindo cálices e cruzes processionais e tábuas pintadas.

O núcleo de Arte Islâmica foi inaugurado em 2001 e corresponde ao culminar de um trabalho de muitos anos não só em intervenções arqueológicas como no tratamento e estudo dos materiais do período islâmico. A coleção referente aos séculos IX-XIII é composta por elementos arquitetónicos, epigrafia funerária, cerâmica, metais (cobre e ligas de cobre, ferro e chumbo), osso trabalhado (onde se destacam artefactos diretamente relacionados como a tecelagem - torres de roca, cossoiros, agulhas) e objetos de vidro.

Núcleo integrado no antigo sistema defensivo da fronteira do Minho. Esta antiga praça de guerra ergue-se na zona ribeirinha do rio Minho e oferece belas panorâmicas sobre o parque de lazer e sobre as termas.

Percurso destinado ao lazer e bem-estar da população. Ao longo do trajeto estão instalados painéis informativos sobre a fauna e flora da região. O percurso começa na Pedra Furada, com acesso à Porta de Salvaterra, e prolonga-se em direção a Valença.