Este pelourinho, implantado bem no centro da localidade, foi provavelmente erguido pouco depois da atribuição da segunda carta de foral, 1519, no reinado de D. Manuel I. De grande simplicidade, mas valendo pela carga histórica, apresenta um fuste cilíndrico liso, rematado por uma forma troncónica, o que o integra na tipologia dos pelourinhos de pinha quinhentistas.

Ponte situada sobre o Rio Zêzere, construída na época Filipina, entre 1607 e 1610. Veio substituir uma outra de origem romana, entretanto submersa pela água da albufeira da Bouçã. Possui 3 arcos com 62m de altura. A estrada que passa nesta ponte ligava Beira a Baixa e a Beira Litoral até à construção da Barragem do Cabril.

Paço Medieval com planta longitudinal em forma de U. Hoje em dia é a sede da Confraria do Espumante e do Museu do Espumante da Murganheira. A Casa do Paço de Dalvares foi uma Honra criada no início da Monarquia. Nas Inquirições de Afonso III, bem estudadas por Almeida Fernandes, aparece designada como a Honra de Alvares ou Adalvares.

Este conjunto de edifícios, semelhante a um bairro, dava apoio às peregrinações dos romeiros das Irmandades de Nossa Senhora das Neves. Todas as casas possuem dois pisos e algumas têm escadaria de acesso aos varandins. Pode ver-se ainda uma fonte, com uma bica e uma pia retangular e o Santuário de Nossa Senhora das Brotas.

Antigo mosteiro de Nossa Senhora de Campos de Montemor-o-Velho, pertencente às religiosas da Ordem Terceira de São Francisco, que foi transferido para este local devido às enchentes do rio. Depois da extinção das ordens religiosas, o convento foi vendido, em 1865, à família Moura, que atualmente explora o espaço para realização de eventos.

A classificação como Monumento Nacional abrange o antigo Convento de Santo António da Lourinhã, incluindo a Igreja de Santo António, também tida como Igreja do Convento de Santo António da Lourinhã e Igreja de Nossa Senhora da Anunciação. Monumento de estilo maneirista, barroca, rococó e neoclássico. Maioritariamente, a decoração mostra inspiração barroca, excetuando os retábulos que são neoclássicos.

Ermida do século XVII, provavelmente na década de 1650, erguida junto das casas nobres da Travessa do relógio e de frontaria. A torre sineira é datada de 1832. Merecem destaque a cúpula pintada a fresco da capela-mor e o Presbitério, decorado por pinturas murais, talha dourada e rodapé com motivos florais e geométricos do século XVII.

O cruzeiro de São Domingos, também conhecido como cruzeiro de Nossa Senhora da Glória, data dos finais do século XV. O original foi recolhido para o interior da Sé de Aveiro em finais dos anos 70. Trata-se de uma cruz quatrocentista com cenas da Paixão e Morte de Cristo esculpidas em baixo relevo.

Numa das laterais da Igreja Matriz, de frente para um pequeno jardim, encontra-se este Cruzeiro manuelino. A escultura feita de uma única pedra apresenta um rendilhado delicado e a imagem do Senhor dos Aflitos Crucificado. É possível descortinar elementos como uma cruz com motivos vegetalistas, uma representação da Pietá ou as faces com o Crucificado e a Virgem.

A sua construção iniciou-se em 1886, segundo projeto do arquiteto Pedro Ávila. O corpo principal, de caráter mais prestigioso, anuncia a função de ensino tradicional. O edifício das oficinas, construído posteriormente, foi criado à imagem da arquitetura industrial da época, numa tentativa de adequação às funções para as quais fora concebido. É atualmente a Escola Secundária Fonseca Benevides.