A igreja, de fundação quatrocentista, foi remodelada no século XVII. Apresenta revestimento azulejar do tipo "padrão", o púlpito e o teto de masseira de largos caixotões vazios. Da época medieval destacam-se os arcos ogivais das capelas do cruzeiro, cobertos por azulejos do século XVII e dois túmulos góticos. De salientar ainda duas pias de água benta, ambas quinhentistas. Do lado do Evangelho encontra-se uma capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário com retábulo de talha dourada.

Construída no século XVI, foi alvo de obras de restauro nos séculos XVII e XVIII. É antecedida por uma escada de dois lanços que desembocam no patamar que precede o portal de entrada encimado por um frontão interrompido. No topo da fachada, abrem-se quatros vãos, podendo-se constatar a grande profundidade da parede. O interior, de uma nave, apresenta quatro capelas de cada lado. Salientam-se as pinturas da abóbada de coro inferior e os painéis de azulejos seiscentistas.

Construído pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia em honra a Gago Coutinho e Sacadura Cabral, o monumento pretende homenagear os dois aviadores portugueses que fizeram pela primeira vez a travessia aérea do Atlântico-Sul (Lisboa - Rio de Janeiro) no hidroavião monomotor "Lusitânia". O monumento é representado pela esfera armilar no topo e uma base em pedra com inscrições comemorativas dessa travessia. Encontra-se localizado perto do centro da cidade, num largo também ele denominado "dos aviadores".

Palácio construído em meados do século XVII, com um bonito jardim em três patamares decorado com uma fonte barroca. Destaque para as estátuas em granito representando os primeiros reis de Portugal. Em 2005, sofreu obras de restauração e foi-lhe adicionado um edifício onde funciona atualmente o Centro Cultural Vila Flor. O Palácio alberga diversas salas com exposições temporárias e o Centro Cultural possui dois auditórios para espetáculos, um café concerto e um restaurante.

A Ponte de Fundo de Rua constitui uma das principais travessias medievais que asseguravam a passagem sobre o rio Ovelha, caminho do Marão, no sentido Oeste e Este. A sua dimensão revela a importância da sua existência, com certeza reparada e ampliada, como provam as obras documentadas no século XVII. Não sendo um exemplar puro de construção românica, possui, contudo, todos os elementos que a caracterizam, sendo ainda um dos mais interessantes e mais bem conservados modelos de atravessamento regional.

Embora de difícil datação, a construção desta ponte pode situar-se entre os séculos XVII e XVIII atendendo às respetivas características técnicas e construtivas e a julgar pelas referências nas Memórias Paroquiais de 1758. No entanto, pode ter sido construída no período de crescimento das necessidades de circulação na região durante o século XIII, com a forte expansão demográfica, as cruzadas, as peregrinações e uma crescente mobilidade da população. Apresentando quatro arcos de volta perfeita, a sua tipologia é inspirada nas construções romanas.

Capela fundada primitivamente por Dom Afonso Henriques junto da alcáçova real, tendo sido totalmente reedificada durante o reinado de Dom Manuel, entre 1517 e 1522. Nos séculos XVII e XVIII procederam-se a diversas remodelações. No exterior da capela sobressai o magnífico pórtico manuelino e, no interior, o órgão datado de 1737, a lâmpada de prata e o cálice renascentistas, os azulejos da capela-mor e da nave, o retábulo-mor e o teto com pinturas "ferronerie".

Apresenta uma localização peculiar, uma vez que está rodeada de duas habitações numa rua que fica perto da Igreja Matriz e do centro da cidade. Construída no século XVI, esta capela, de arquitetura religiosa manuelina, está anexada a um solar com comunicação interna feita através do coro alto. Os seus pontos de maior realce são o brasão esquartelado, o portal quinhentista, o arco triunfal e a abóbada artesoada. Em 1808, terá acolhido as tropas de Junot durante as Invasões Francesas.

Habitação unifamiliar, construída em 1925, onde residiu um dos mais importantes pensadores portugueses do século XX. É composta por 3 pisos (2 andares e sótão), sendo que os compartimentos do piso térreo eram afetados a atividades sociais e o 1º andar ocupado pelos quartos de dormir e pelo gabinete de António Sérgio. As alterações feitas em 1939 viriam a conferir-lhe um caráter muito particular pelas proporções e predomínio das superfícies envidraçadas na fachada principal.

Este edifício foi construído no século XIX pelo conselheiro Dr. José Maria de Sousa Macedo, passando depois por várias famílias e, em 1989, foi adaptado para uma sede de banco. É um edifício de planta retangular, com dois pisos, uma mansarda e fachadas simétricas, sendo que a principal apresenta uma decoração mais elaborada, de gramática vegetalista Arte Nova. A mansarda ostenta vãos de perfil maioritariamente circular, contrastando com os perfis retilíneos dos outros dois pisos.