O nome desta aldeia teve origem no Couto de Avão, porque não havendo ponte sobre os cursos de água, rio Alva e ribeira de Moura, apenas se podia entrar no velho burgo a "vau" (ad vadum). Aqui viveu o poeta-guerreiro Brás Garcia Mascarenhas, autor do poema épico Viriato (século XVIII). Esta terra foi habitada pelos romanos, talvez os fundadores do castelo, em ruínas. Dos monumentos realçam-se a igreja matriz, presumivelmente mandada construir por D. Afonso Henriques, um solar quinhentista, um pelourinho e uma capela.

Romariz encontra-se cercada por diversos montes de várias altitudes, dos quais se destaca a serra de Vila Nova, a mais alta do concelho. Os rios Inha, Ul e Uima, que fertilizam as terras, correm nos seus vales. Esta é uma aldeia muito antiga, povoada desde os tempos mais remotos, a prová-lo está o castro de Romariz, imóvel de interesse público, datado do ano 500 a. C. No artesanato destacam-se os trabalhos de cortiça, os mármores decorativos, os objetos de cerâmica e o fabrico de jugos.

Os pinhões são um ingrediente muito utilizado em pratos típicos e doces um pouco por todo o Alentejo. As pinhoadas são um bom exemplo, sendo que facilmente se podem provar em Alcácer do Sal. Desconhece-se a sua origem e a quando remontam, mas estão em Alcácer há muito tempo, pois a produção de mel e pinhão nesta zona vem do tempo dos romanos e a junção destes dois ingredientes já era feita pelos muçulmanos (séculos IX e X) num manjar que estará na base da pinhoada.

Ruas estreitas em pedra, com destaque para as chaminés, os fornos, os telhados inclinados, os muros caiados, os pátios e os poiais. Um passeio a pé conduz à tranquilidade e o ar puro transporta o aroma da esteva, do rosmaninho e do mato. O centro histórico da vila de São Brás de Alportel tem casas térreas e caiadas, de arquitetura popular e os prédios apalaçados dos antigos industriais e comerciantes da cortiça, com fachadas cobertas por azulejos, cantarias lavradas e varandas de ferro.

É um café já com algumas décadas e que foi recentemente remodelado (1995), recuperando a beleza que lhe era própria. As suas esplanadas no verão são muito concorridas. É hoje um ponto de paragem de muitos jovens antes de se aventurarem nos bares da cidade. Situado na antiga Praça Velasquez, hoje Praça Dr. Francisco Sá Carneiro, adotou o nome do famoso pintor espanhol. Nos dias de futebol o Velasquez é invadido pelos amantes do desporto rei antes do desafio e, também, após o seu termo.

Fundada no século XVII, a sua história foi, durante mais de três séculos, a história do morgadio e dos seus proprietários ligados à nobreza. O conjunto é constituído por edifício solarengo, pela Capela de São José (fundada em 1633, possui, no seu interior, azulejos seiscentistas e a tela do altar-mor, pintada a óleo, da autoria de Bento coelho da Silveira), instalações de carácter agrícola (adega e celeiros) e espaço de jardins (com uma traça geometrizante), uma casa de fresco e uma fonte rocaille de grande interesse artístico.

Instalado em três salas do Convento da Graça, o Museu de Arte Sacra Domingos Santos Pio foi inaugurado em 1984 e apresenta um valioso património religioso dos século XVI ao XX. Pertença da Santa Casa da Misericórdia, possui uma rara coleção de arte sacra, que inclui obras de escultura, pintura e têxteis, mas também alfaias e livros litúrgicos. Da traça primitiva do Convento, resta apenas o portal de granito da fachada principal, de estilo manuelino. A restante estrutura tem traços setecentistas.

Outrora palco da Feira do Livro e das Festas Sanjoaninas, este jardim, rodeado por árvores, é o ex libris da zona da Boavista. Tanto mais que ao centro da Rotunda, ergue-se o "Monumento de Homenagem aos Heróis da Guerra Peninsular" (projeto do escultor Alves de Sousa e do arq.º Marques de Silva), uma enorme coluna de granito de 45 metros de altura, onde, no topo, um leão peninsular surge a abater uma águia napoleónica. É, vulgarmente, denominado de rotunda da Boavista.

Este jardim é pontuado por canteiros de camélias e arbustos ornamentais e o terraço ajardinado é ladeado por muros. Ao longo das estruturas da quinta existe um caminho coberto por latada suportada por colunas de granito e ladeado por caminhos de pedra. Sendo uma propriedade privada, destinada à produção de um dos mais reconhecidos vinhos Alvarinho da região, a visita aos jardins é apenas possível mediante consentimento dos proprietários. No entanto, a vista de fora, junto às grades do portão de entrada da quinta, é majestosa.

Construído na década de 30, o nome deste jardim de características românticas, deve-se ao antigo proprietário da área, desembargador Cunha Thorel. Possui interessantes canteiros, sombras aprazíveis, recantos que dão alguma privacidade e tem uma soberba vista sobre a Baixa. O jardim do Torel tem, ainda, um elegante portão, dois lagos, um deles com um antigo chafariz, uma estátua representando o busto do pianista Viana da Mota, mesas de jogo e vestígios do que terá sido, nos séculos XVII e XVIII, uma magnifica quinta.