Muitas marés e alguns marinheiros já passaram por esta praia e são, talvez, as melhores testemunhas da qualidade da cozinha que se pratica há já várias gerações. As largas vidraças tornam o lugar convidativo. A ajudar, uma boa carta de vinhos. Aqui pode e deve degustar sem pressas um belo peixe da costa grelhado ou, por encomenda, mergulhado em perfumada caldeirada. Mas antes prove o saboroso marisco, bem representado na ementa. Amêijoa, camarão e mexilhão estão entre as espécies que chegam diariamente e, na época, nunca faltam os tão apreciados percebes.

O Restaurante da Herdade dos Barros, no Alandroal, pertence à unidade de turismo rural com o mesmo nome. Da esplanada, avista-se a histórica vila de Terena e o seu castelo. No inverno, é a lareira que brilha e aquece a refeição. As suas especialidades são as migas com entrecosto ou carne de alguidar, a sopa de cação, o ensopado de borrego ou de lebre, os secretos de porco preto e a feijoada de lebre, tudo acompanhado com um bom vinho alentejano. Para sobremesa sugere-se a sericaia, o pão de rala e as farófias.

Os peixes frescos continuam a ser presença obrigatória na ementa d'O Xarroco, mas a grande novidade é a introdução do sushi e do sashimi na oferta, contando com a colaboração de um dos mais conceituados «sushimens» do país. O espaço abriu renovado, de cara lavada e acrescentando este novo conceito nipónico, mas no cardápio permanecem pratos emblemáticos oriundos do que o mar dá, como o peixe galo frito com arroz do mesmo, ou acompanhado por uma açorda de ovos, bem como o rodovalho à Xarroco, especialidades que celebrizaram a casa.

O restaurante Os Arcos, em Mora, é uma casa onde se servem pratos da cozinha tradicional alentejana, enquadrados numa decoração de inspiração regional, composta por peças de cerâmica, quadros e fotografias do Alentejo. As especialidades são muitas e variadas, firmemente assentes no ciclo das colheitas e nas produções locais. Há uns deliciosos torresmos do rissol, umas afamadas migas de espargos com carne de porco preto e ainda pezinhos de porco de coentrada. A sopa de cação é um clássico, bem como o bolo de amêndoa e gila.

O restaurante Palhinhas Gold, em Rio Maior, está de portas abertas desde 2008, mesmo no centro da cidade, e foi uma absoluta surpresa para a região quando abriu as portas ao público. A carta apresentava propostas internacionais, bem como várias sugestões de outras regiões, além de uma longa lista de especialidades locais. Apesar de a carta ser dinâmica, e ir mudando com regularidade, sugerem-se os cogumelos salteados com bacon, as bochechas de porco estufadas com vinho moscatel, a tiborna e o torricado de Bacalhau. Para terminar docemente, prove uma pera bêbeda.

No restaurante Pial das Bilhas, em Alcácer do Sal, começa-se a sentir o Alentejo, mal se chega em frente ao edifico do restaurante. A casa é branca, debruada a azul, típica e tradicional. Lá dentro os sabores são igualmente regionais, com especial incidência para o peixe, não estivesse o mar ali tão perto. Comece a refeição com uns feijões adubados. Se for de carne, opte por uma cabidela. Se preferir pescado, há enguias de todas as maneiras, caldeirada de bacalhau e feijoada de chocos. Termine com uma tradicional torta de mel.

O Solar Bragançano, em Bragança, nasceu num antigo solar do século XVIII, o que lhe garante um ambiente acolhedor e romântico. De serviço atencioso e com uma ementa que privilegia os pratos de caça, tem ainda uma bonita esplanada para jantares à luz das velas. Da carta destacam-se o Javali estufado, a Posta de vitela mirandesa e ainda a perdiz com uvas e o Arroz de lebre. Atreva-se a provar o Veado D. Teodósio e termine com um Bolo de castanhas ou com uma sopa de cerejas.

Este é um restaurante que se destaca pela sua autenticidade. Aqui, a comida goesa é confecionada de forma exemplar. Espaço humilde, de pequenas dimensões, onde em tempos foi o Cantinho do Martins, mantém uma decoração simples, no entanto, hospitaleira. Os pratos são tendenciosamente picantes (muito), característica da cozinha desta região, por isso previna-se e mantenha pão e um copo de leite por perto. As especialidades são as chamuças, o biryani de camarão e o fantástico biryani de cabrito. Para adoçar a boca e libertar o picante, tem a famosa bebinca.

Inaugurado no início de 2012 em plena Avenida da Boavista, este elegante espaço oferece uma alternativa de sushi clássico e de fusão combinado com pratos quentes japoneses grelhados na tradicional chapa teppanyaki, confecionados pelo chef em show-cooking com os ingredientes e temperos seleccionados pelo cliente. Ao almoço dispõe de uma grande variedade de sushi e teppanyaki em regime buffet livre. Ao jantar propõe duas opções de rodízio à descrição, a primeira com sushi clássico e teppanyaki e a segunda com sushi clássico, hot sushi e teppanyaki.

Distingue-se, o Restaurante Terra Quente, em Múrcia, pela qualidade dos produtos utilizados na cozinha, bem como pelo esmero com que o casal proprietário dedica a cada prato e a cada cliente. Também a vista, deslumbrante sobre as vinhas e a Serra da Garraia, embalam cada refeição, onde são sempre utilizados os mais tradicionais produtos regionais. Destacam-se o Leitão assado, a Caldeirada de cabrito e, o Cozido à portuguesa. A Feijoada à transmontana é outro dos clássicos da casa, bem como o Toucinho-do-céu de Murça, para terminar docemente a refeição.