O All About Portugal dá as boas vindas ao outono com uma proposta irresistível: uma road trip por entre vinhas coloridas e estradas em forma de rio, com paragens para degustar bons vinhos, participar na festa das vindimas e ainda encher a alma com paisagens de cortar a respiração. Soa bem? Então não perca tempo – esta é mesmo a época perfeita para uma escapadinha ao Alto Douro Vinhateiro. Para o ajudar, traçámos um roteiro com 10 quintas que são um oásis para os enófilos. Reserve antecipadamente e faça-se à estrada. Aguardam-no dias de pura magia, que podem incluir colheita e pisa da uva em antigos lagares, provas vínicas, piqueniques no campo e até noites de sonho em pipas gigantes!

Quinta do Vallado

Quinta do Vallado

Siga em direção a Peso da Régua. Nas margens do Rio Corgo vai encontrar uma das mais famosas Quintas do Douro. Pertenceu à lenda duriense Dona Antónia Adelaide Ferreira, empresária que, no século XIX, revolucionou o setor do Vinho do Porto. Os seus descendentes preservaram o legado e, aos vinhos de excelência, juntaram o enoturismo. Em tempo de vindimas, pode entrar no lagar e “lançar os pés à obra”. As visitas incluem ainda provas de vinhos, workshops e passeios de jipe num cenário de encantar.

Quinta dos Murças

Quinta dos Murças

Haverá melhor forma de conhecer a alma de um povo e dos seus vinhos do que participando nas rotinas quotidianas de uma unidade de produção? Em Covelinhas, as portas da Quinta das Murças estão abertas para uma experiência imersiva – pode utilizar a cozinha, visitar a adega, piquenicar nas vinhas, ajudar na colheita ou pisar as uvas. À saída, faça um desvio até São Leonardo de Galafura. Com vistas de cortar a respiração, é um dos locais mais instagramáveis da região.

Quinta do Portal

Quinta do Portal

Subimos no mapa até à aldeia de Celeirós, em Sabrosa. Até meados de outubro, aprenda com os especialistas os truques e segredos da arte de vindimar e do processo de produção, desde a vinha até ao copo. O programa inclui provas de Vinhos do Porto e Douro que decorrem no Armazém de Envelhecimento, desenhado pelo arquiteto Siza Vieira. Aprecie a traça disciplinada e contemporânea do edifício e a forma harmoniosa como se integra na paisagem, entre terraços de vinhas a perder de vista.

Quinta de La Rosa

Quinta de La Rosa

Regresse à estrada rumo ao Pinhão. A cerca de um quilómetro da pequena vila, encontre, junto ao rio, a Quinta de La Rosa. Propriedade da família Bergqvist, faz da hospitalidade o seu lema. Vai sentir-se em casa enquanto participa na poda e na tradicional pisa nos lagares de granito. Percorra a pé o trilho que o leva ao Vale do Inferno, estrela maior dos seus vinhedos, e antecipe o prazer de saborear o futuro néctar. A visita não termina sem a ansiada prova de vinhos. Palavra de ordem: moderação.

Quinta da Roêda

Quinta da Roêda

Reza a história que, antes da construção das barragens, o Douro corria agreste na curva a montante da vila do Pinhão. A Quinta da Roêda, que deve o nome precisamente ao “ruído” do rio naquele local, propõe-lhe um desafio irresistível – um piquenique entre as vinhas, com direito a toalha axadrezada e um cesto de vime carregado de iguarias regionais. Obrigatória é também a visita aos lagares e aos antigos estábulos, onde pode provar os néctares e saber mais sobre viticultura, castas e tradições.

Quinta das Carvalhas

Quinta das Carvalhas

Se sair do Pinhão pela Ponte Metálica, vai encontrar uma das mais espetaculares propriedades durienses. Nos cerca de 600 hectares que constituem a Quinta das Carvalhas, há vinhedos a perder de vista, mas também há florestas, matos mediterrânicos e olivais centenários! Entre provas vínicas e programas de vindimas, suba à Casa Redonda, a 550 metros de altitude, e aprecie a deslumbrante vista panorâmica. Quantas tonalidades de vermelho, laranja, amarelo e violeta consegue descortinar?

Quinta do Seixo

Quinta do Seixo

A viagem segue agora pela EN222, espécie de “Route 66” à portuguesa que é um prazer para a condução… e para as vistas! A Quinta do Seixo obriga a um primeiro desvio mas garantimos que o deleite visual não abranda, pelo contrário – no topo de uma vertente, oferece da sua varanda uma das melhores vistas sobre o rio e os vinhedos. Depois da visita à adega, à garrafeira e aos lagares robóticos, reserve tempo para olhar em seu redor, com um copo na mão… e a máquina fotográfica na outra.

Quinta do Panascal

Quinta do Panascal

Há um antigo ditado que diz: “Do Roncão e Panascal vêm os melhores vinhos de Portugal”. Não nos atrevemos a confirmar ou desmentir tal teoria, mas diga-se a favor da verdade que, desde o século XVIII, das vinhas da Quinta do Panascal, junto ao rio Távora, saíram alguns dos melhores e mais premiados vinhos do mundo. Ainda hoje, as mais suculentas uvas são pisadas nos lagares, como manda a tradição. Acompanhe todo o processo, aguce o olfato e o paladar e dê o seu veredicto.

Quinta do Tedo

Quinta do Tedo

No local onde os rios Douro e Tedo se encontram, existe uma Quinta particularmente bonita e plena de vida, regularmente visitada por várias espécies de aves. O chasco-preto é visita ilustre e desejada, ou não fosse a imagem da marca e, dizem, prenúncio de boa colheita. Surpreenda-se com o ambiente familiar da Quinta do Tedo e aprenda como são feitos os seus vinhos, de forma tradicional, com pisa a pé nos lagares, envelhecimento nas adegas do século XIX e engarrafamento e rotulagem à mão!

Quinta da Pacheca

Quinta da Pacheca

Terminamos numa das mais antigas quintas do Douro, anterior até à criação da Região Demarcada, em 1756. Disponibiliza várias experiências de vindimas. À tradicional lagarada, prova de vinhos e jantar típico, pode juntar, se optar pelo programa completo, o “mata-bicho” do meio da manhã, que consiste num caldo de cebola, sardinhas assadas em fatia de pão… e vinho, pois claro! Se decidir passar a noite, seja excêntrico e reserve um quarto no interior de uma pipa gigante, com as vinhas aos seus pés.